segunda-feira, 10 de junho de 2013

fique...


O tempo parou. Nada de relógio, vozes, passos ou música.

Não alcancei, nem enxerguei nada além de você ali, mas só ali. 

Ali não é para sempre, ali não dói, ali posso ser sua, mesmo sem ser...

Nos vestimos de nossos melhores personagens e acabamos percebendo que encenar seria uma grande bobagem. Éramos melhores sendo nós, no nosso momento.
O nosso momento começou inconsciente e em segredo, começou ser nosso quando seu abraço me pareceu território conhecido. De tão bom pareceu um daqueles lugares que a gente sente saudade sem nunca ter ido.

Segurei sua mão e fui, descobri seus sons favoritos e os cantei para você. Me senti segura no desconhecido. Minhas palavras lentas começaram a ganhar sentido depois dos seus cuidados...

Depois dos nossos segredos, olhares, sinais e respiração... me dei conta de que o  tempo não tinha parado, e o sol estava no seu rosto nos acordando sem pedir permissão. Me despedi meio sem jeito, fazendo daquilo minha próxima poesia... Até que você me disse que a despedida não seria assim, rápida e sem jeito.
E então, seis dias depois, lá estava você, lá estávamos nós, cheios de motivos para não estarmos.  

Nos abraçando com 3 braços, eu quis te confessar que momentos passam rápido, mas ficam, se é que me entende...

Os momentos são como um perfume bom passando no ar, a gente sente, sorri, segue o rastro e deixa evaporar.

Então fique essa noite, fique um pouco mais se quiser...

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