segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

para a paixão, com amor.

Não se desespere, imagino como se sinta em meio a tanta confusão.
O telefone não toca, a palavra não é dita, você se desmorona, e seu pobre coração
já nem se lembra mais se consegue bater sem parecer um liquidificador quebrado.
Sei bem que há algum tempo, você não está conseguindo enxergar outro sorriso senão o dele, sentir outro cheiro senão o dele, e se quer imagina que consiga se encaixar em outro abraço, não se importa com as horas, nem se olha no espelho, afinal, o que importa você sozinha?
Que me desculpe toda a sua aflição, mas você anda meio desajeitada, não diz coisa com coisa, se perde em meio aos seus discursos para impressioná-lo, e até ousa dizer meu nome.. te ouvi dizendo que isso tudo pode ser amor, mas você bem sabe que andamos em linhas paralelas que quase se encontram, eu disse quase, pois não suportaria tanta agonia em minha alma tão calma.
Te vi atravessar a cidade por um beijo dele, mas você só queria aquele minuto, por isso, não se confunda, se fosse eu, atravessaria, mas por uma vida inteira.
Ouvi suas promessas jogadas ao vento, ditas com toda a sua alma, gritadas pelas ruas de São Paulo, jurando amor, amor.. quanto amor que acabou na semana passada, por isso repito, não se confunda,
eu sou pra sempre.
Reparei nas suas unhas roídas, nas suas noites de insônia, nos seus desvios de rota, e com uma pontinha de inveja te confesso, que tais coisas, podem até ser deliciosamente vividas, e talvez eu nunca as sinta, mas preciso te aconselhar que depois de todas as coisas mais malucas, sujas e imprevisíveis que se possa sentir, sou eu quem vai te salvar, que vou te acalmar, te ensinar..
Sinta cuidadosamente (ou nem tanto) cada parte dessa loucura, deixe ir e vir, fique livre, fique louca, quando eu chegar lembre-se de tais conselhos, e me sinta também, dessa vez, não precisa de cuidados, porque eu nunca vou embora.

Com amor,

Amor.