segunda-feira, 8 de abril de 2013

Quando te olhei pelo retrovisor



Sabe, a melhor coisa daquela noite foi te olhar pelo retrovisor.

Sim, poderia ter sido a dança, poderia ter sido a bebida de baunilha, poderia ter sido o segredo, o diálogo, a foto, a surpresa..

Mas não, foi te olhar de xadrez, no banco de trás.

Daí me lembrei perfeitamente de um dia, você não deve lembrar, que eu te disse que você poderia ser meu amigo, e que eu adoraria isso..

- Mas eu já não sou? Perguntou você

Mas é claro que era, e é.. É que não soube um jeito claro e bonito de dizer que eu acho no fundo você tão incrível, e eu gostaria de poder sempre ver isso de perto, de um jeito que só os amigos veem.

Pois é meu amigo, tenho aqui comigo algumas confissões a fazer.. 

Tais confissões talvez ficassem mais bonitas guardadas, no lugar onde estão, mas é que onde estão, apesar de seguras, ficam atrapalhadas com as batidas, e insistem em sair.. 

Talvez você tenha reparado, ou talvez eu ainda consiga disfarçar, eu sou o exagero do mundo, sou um grito bem silencioso pedindo atenção, implorando pra que o seu sorriso a menos de 1 cm do meu rosto seja de verdade.

Há ainda a confissão boba, de que parecia cena de filme 'sessão da tarde', quando tudo ficou escuro, mas eu ainda via você. Você me disse que podia ser clichê, mas ainda assim me diria que não é como as outras pessoas que conheço, e disso eu sei, e talvez por isso eu tenha escolhido depositar em você o título que pouquíssimas outras tem, amigo.

Ainda que amigo possa ter outras definições, como aquelas em que você me disse enquanto assistíamos ao filme estranho. Sabe?

A confissão final é que eu sou muito boa em estragar as coisas, e devo dizer que isso está no topo da lista de coisas que eu não quero por nada nesse mundo estragar um dia.

E sendo eu, tão contraditória e fiel ao peso que carrego em minhas palavras, confesso também que acho que não sei lidar com isso, nunca soube, menti se disse alguma vez que sabia..

E sim, sei que por você tudo bem, por mim também, não é nada..

Desculpe a doideira, desculpe a vontade, ela pode aparecer de novo, talvez.. 

E quem sabe, meu amigo..

Eu ainda te veja do outro lado da porta, tocando a campainha..

A gente pode assistir seus DVD's preferidos, talvez também sejam os meus

E aí você me agradece, eu te agradeço também, por tudo, ou por nada..

E te assisto do décimo quarto andar ligar o carro e ir..

Mas amigos nunca se vão, não vá.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

detalhes do crime

- Segura minha mão, vamos lá pra fora...

- Aqui eh melhor, não tá escuro, eu consigo ver seus olhos, eles são tão bonitos..

Você parece que nunca teve o coração partido, eh tão leve, tão fácil, tão bom..
Eu acabo de te conhecer, mas eu iria embora com você agora, a noite está linda, não sei ao certo se realmente está, ou e só isso que faz parecer.. 
me parece uma boa razão pra fazer uma loucura dessas, afinal você parece tão de verdade.

Poderíamos ter ido, se não fosse minha música preferida começar a tocar, eu dançar cantando toda enrolada, e nós sorrirmos..

- Oq vc faz?
- Eu escrevo.. 

Você então me beija, e fica.
Poderia ter soltado minha mão e nunca mais nos falaríamos, ainda assim, teria sido bom.

Tão bom pq eu não fui invisível aquela noite, e nem você..
Suas cores brilharam no meio de tantas cores..

E se quiser aparecer, fique a vontade..
As paredes estão em branco pra você colorir de novo.