terça-feira, 19 de março de 2013

acabo de ouvir uma música que não ouvia a anos, eu estava meio perdida, e encontrei por acaso..
aos 13, eu sabia essa música decor, esperava tocar, e cantava feliz quando a música aparecia..
e logo agora, eu a ouço novamente, tão igual, estou me sentindo em casa.

apesar de um pouco fora do tom, e algumas desafinadas, a música preencheu todo o quarto vazio, todo o meu coração vazio, me tirou suspiros e sorrisos, me fez voltar no passado, me fez querer gritar e cantar bem alto, por favor não desligue o som.

e ainda que essa música tão linda, alimente tantas outras almas por aí, na última semana, pareceu feita só pra mim, com todo o peso, cor, forma e melodia que eu desejei..

foram exatos 3 dias ouvindo a minha música, mas agora já é hora de diminuir o volume, parar a música.. pra não cansar de ouvir, pra querer ouvir de novo, e sempre.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Esmalte vermelho desgastado, um silêncio aconchegante, uma infinidade de palavras em minha mente...
Começa aqui a grande descoberta. Eu sou minha!
Agora que já sei, as coisas começam a fazer um grande sentido..
A dor é minha, a alegria também.. a estrada de curvas deve ser percorrida apenas por mim, e isso é tão bom!
Os medos, os erros, você, vocês, tudo, todos.. estão aqui do lado de dentro, vez ou outra se perdem, se vão, voltam, se esmagam, se pisoteiam, se pacificam, se reconstroem, e ainda assim, não deixam de ser meu território, as vezes de guerra, as vezes de paz.
O que quero dizer é que, ninguém além de mim, pode ser dono de todo esse exagero, de toda essa euforia, de todo o encanto e beleza que todas essas coisas podem ser.
Me deixe errar, me deixe estar, me deixe ser..
O meu coração guarda tanto, feito um armário antigo cheio de pó e coisas incrivelmente lindas e esquecidas, feito um liquidificador, feito uma sopa de letrinhas.
Feito encontro marcado, algumas vezes as coisas decidem se esbarrar, casualmente, ou de propósito, tenho lá minhas dúvidas.. 
E lá estou eu novamente, tão minha...

e tão sua?

sexta-feira, 8 de março de 2013

E aquela lágrima foi por tudo que já tinha ido embora, por tudo que não existe mais.
Não existir mais, é ainda mais triste do que existir.
Não existe mais o barulho do ventilador que não me deixava dormir, não existe mais importância no horário que o relógio está marcando, não existe mais suco de tangerina e nem luz do banheiro acesa.
Naqueles segundos antes do fim ser anunciado, o tempo quase para, o chão quase some, a gente quase se convence..
No caminho de volta pra casa, caminhei em corda bamba, quase não me segurei, senti medo do fim, seguir meus passos em uma nova direção é assustador...
Feito criança perdida, acabo de entender que eu sempre soube o caminho de volta pra casa..
Por puro egoísmo eu não queria ir, mesmo sabendo que talvez o sol brilhasse mais forte lá fora..
Mesmo sabendo que a luz apagou, o coração gelou, a garganta engasgou, que a música parou...
O fim já era fim, antes mesmo de ser.
Era fim nas palavras, era fim no espaço da cama, era fim no bom dia..
Era o fim tão claro e calmo.
Faltou bagunça, faltou amor exagerado, presença implorada, esse tipo de coisa desnecessária que a gente faz quando ainda sobra um pouco de amor..
Pra nós, sobrou uma saudade bonita, sobrou o seu nome nos muros coloridos, sobrou tudo isso, só isso..
Recolhi os fragmentos de toda essa explosão, e foi tão pouco pro tanto que era.
Chegamos ao fim, e todo fim que se preze, só é realmente fim, se a vida continuar, sem doer...


segunda-feira, 4 de março de 2013

Você é tão encantador, tem umas mentiras lindas de se ouvir, algumas perguntas estrategicamente feitas pra que eu sinta aquela velha sensação de estar vendo e ouvindo na terceira pessoa.
Acho que poucas pessoas no mundo sentem isso, ou pelo menos não sabem explicar..
Como isso foi acontecer? Aquela rapidez entre falar, ouvir, sentir.. e lá estava eu, olhando em volta como se não estivesse ali, engolindo as palavras pra começar a escrever.. já que dize-las não seria uma grande ideia.
Solte minha mão, me solte.. não precisa se despedir, nem pedir pra eu ficar, não precisa aparecer, mas por favor, apareça..
Continue com seu texto feito, com seu pretexto, estou me sentindo tão viva..